Sociedade
09 Fevereiro de 2021 | 09h29

FAS inicia Programa Nacional de Estágios em Março

O Fundo de Apoio Social (FAS) começa, a partir do próximo mês, a implementar o Programa Nacional de Estágios para estudantes licenciados a nível das comunidades, anunciou, ontem, em Luanda, a directora adjunta da instituição, Teresa Quivienguele.

Falando à imprensa à margem da sessão de abertura do segundo ciclo de capacitação de quadros do FAS, Teresa Quivienguele destacou que, numa primeira fase, o programa vai abranger 100 estudantes universitários de todo o país. O programa, esclareceu,
resulta de uma parceria com várias universidades estatais e privadas, cujo foco é aproximar cada vez mais a academia da realidade social das comunidades locais.

Teresa Quivienguele aproveitou a oportunidade para falar sobre os vários projectos que estão a ser levados a cabo em todo o país, tendo destacado os programas de Desenvolvimento Local e de Fortalecimento da Protecção Social - Kwenda, cujas metas, para este ano, passam por promover a construção de 80 projectos de infra-estruturas de água ao nível da região sul do país. Durante a formação, cuja abertura esteve a cargo do secretário de Estado para as Autarquias Locais, Márcio Daniel, a directora adjunta do FAS salientou que a perspectiva do Fundo é apoiar a reabilitação de 70 projectos sociais, nomeadamente postos de saúde, escolas, centros de acção social integrados, com vista a melhorar o acesso aos serviços ao nível dos municípios.

Todos esses desafios, indicou, exigem dos técnicos do FAS capacidade e domínio dos temas, conteúdos , técnicas e metodologias a serem implementadas para desenvolver esses processos. "O nosso trabalho não pode ser feito de qualquer maneira, é exigido rigor e uma qualidade dos serviços prestados, para que os resultados e o impacto sejam os desejados e possam ser visto sao nível das famílias e das comunidades que estão a ser apoiadas”, disse.

Recursos humanos Na ocasião, o secretário de Estado para as Autarquias Locais, Márcio Daniel, destacou que é necessário ter recursos humanos bem preparados e suficientemente motivados. "Por mais bem elaboradas que sejam as nossas políticas, por melhor estruturados que sejam os nossos programas, por muito bem definidos que sejam os nossos projectos,  se não existirem recursos humanos tecnicamente bem preparados e suficientemente motivados, o indicador que veremos evoluir é o nosso fracasso, pois hoje está provado que os melhores modelos não resistem às piores pessoas”, precisou o secretário de Estado.

Por isso, reforçou, é que é importante a formação, a capacitação técnica e humana dos quadros, não de forma efémera, mas constante, actuante e atenta ao desenvolvimento de uma sociedade, onde os utentes dos serviços públicos são cada vez mais exigentes e o sector privado tolera, cada vez menos, a ineficiência do Estado. Sobre a formação, disse que visa reforçar as aptidões técnico-profissionais dos recursos humanos do FAS, para que os mesmos possam responder, de forma mais eficaz e eficiente, aos desafios de municipalizar a acção governativa, através do reforço da desconcentração administrativa, enquanto antecâmara da institucionalização das autarquias locais.

Fonte: JA