O Fundo de Apoio Social (FAS) começa, a partir do próximo mês, a implementar o Programa Nacional de Estágios para estudantes licenciados a nível das comunidades, anunciou, ontem, em Luanda, a directora adjunta da instituição, Teresa Quivienguele.
Falando à imprensa à margem da sessão de abertura do segundo ciclo de
capacitação de quadros do FAS, Teresa Quivienguele destacou que, numa
primeira fase, o programa vai abranger 100 estudantes universitários de
todo o país. O programa, esclareceu,
resulta de uma parceria com
várias universidades estatais e privadas, cujo foco é aproximar cada vez
mais a academia da realidade social das comunidades locais.
Teresa
Quivienguele aproveitou a oportunidade para falar sobre os vários
projectos que estão a ser levados a cabo em todo o país, tendo destacado
os programas de Desenvolvimento Local e de Fortalecimento da Protecção
Social - Kwenda, cujas metas, para este ano, passam por promover a
construção de 80 projectos de infra-estruturas de água ao nível da
região sul do país. Durante a formação, cuja abertura esteve a cargo do
secretário de Estado para as Autarquias Locais, Márcio Daniel, a
directora adjunta do FAS salientou que a perspectiva do Fundo é apoiar a
reabilitação de 70 projectos sociais, nomeadamente postos de saúde,
escolas, centros de acção social integrados, com vista a melhorar o
acesso aos serviços ao nível dos municípios.
Todos esses
desafios, indicou, exigem dos técnicos do FAS capacidade e domínio dos
temas, conteúdos , técnicas e metodologias a serem implementadas para
desenvolver esses processos. "O nosso trabalho não pode ser feito de
qualquer maneira, é exigido rigor e uma qualidade dos serviços
prestados, para que os resultados e o impacto sejam os desejados e
possam ser visto sao nível das famílias e das comunidades que estão a
ser apoiadas”, disse.
Recursos humanos Na ocasião, o secretário
de Estado para as Autarquias Locais, Márcio Daniel, destacou que é
necessário ter recursos humanos bem preparados e suficientemente
motivados. "Por mais bem elaboradas que sejam as nossas políticas, por
melhor estruturados que sejam os nossos programas, por muito bem
definidos que sejam os nossos projectos, se não existirem recursos
humanos tecnicamente bem preparados e suficientemente motivados, o
indicador que veremos evoluir é o nosso fracasso, pois hoje está provado
que os melhores modelos não resistem às piores pessoas”, precisou o
secretário de Estado.
Por isso, reforçou, é que é importante a
formação, a capacitação técnica e humana dos quadros, não de forma
efémera, mas constante, actuante e atenta ao desenvolvimento de uma
sociedade, onde os utentes dos serviços públicos são cada vez mais
exigentes e o sector privado tolera, cada vez menos, a ineficiência do
Estado. Sobre a formação, disse que visa reforçar as aptidões
técnico-profissionais dos recursos humanos do FAS, para que os mesmos
possam responder, de forma mais eficaz e eficiente, aos desafios de
municipalizar a acção governativa, através do reforço da desconcentração
administrativa, enquanto antecâmara da institucionalização das
autarquias locais.
Fonte: JA