A informação foi transmitida ao ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, pelo director-geral adjunto do Gabinete do Aproveitamento do Médio Kwanza (GAMEK) para área de Projectos  e Obras, Arlindo Carlos, durante a visita que serviu para avaliar o grau das actividades. Na ocasião,  explicou que todas as facturas do empreiteiro referentes aos períodos em atraso, já foram enviadas ao Ministério das Finanças. Arlindo Carlos disse que  o Ministério das Finanças por sua vez,  já encaminhou todas as facturas em atraso ao organismo financiador. 

Com um custo de 212 milhões de dólares norte-americanos, o nível de execução financeira, segundo Arlindo Carlos, é de 58 por cento contra 70 da execução física. O director-adjunto do GAMEK explicou que a última factura emitida pelo empreiteiro e que foi paga  data do primeiro semestre de 2019. O director-adjunto do GAMEK, organismo que representa o Ministério da Energia e Águas no projecto do Luachimo, alertou no entanto, que a entrada em funcionamento das quatro unidades (turbinas) deverá estar condicionada ao desembolso das facturas pendentes.

"De acordo com o programa, até ao final de ano,  as quatro unidades entram em funcionamento, mas condicionado ao desembolso das facturas enviadas ao Ministério das Finanças”, afirmou.Apesar dos constrangimentos financeiros, os esforços do empreiteiro são para que entre Setembro e Outubro do corrente ano, comecem os primeiros ensaios para a geração de energia na barragem  hidroeléctrica do Luachimo. 

A barragem  vai ser reforçada com uma capacidade de produção de 8.4  para 34 Megawatts de energia eléctrica, cuja  conclusão global  está prevista para final do ano, altura em que entram em funcionamento as quatro novas turbinas. Consignadas em Outubro do ano de 2016, as obras de reabilitação da barragem do Luachimo iniciaram em Maio de 2017. 

Depois da conclusão, estima-se que cerca de  10.600 famílias da cidade do Dundo, incluindo os  municípios de  Cambulo,   Lucapa e  arredores,  tenham  acesso à energia eléctrica. As obras  estão a ser executadas pela empresa China Gezhouba Group Limited (CGGC), que conta com uma mão-de-obra de 230 trabalhadores, entre 165 nacionais e 65 expatriados.

Arlindo Carlos  explicou que o projecto de reabilitação e aumento de potência da barragem do Luachimo é uma das obras estruturantes que o Executivo angolano quer pretende ver concluída, a julgar pela sua importância  futura na estrutura económica e industrial  da província da Lunda-Norte, sendo por isso um dos maiores projectos do sistema eléctrico da Região Leste. 

Até ao momento,  já foram construídas e encontram-se na fase final os edifícios da subestação e da nova central. Nesta  última  serão instaladas as quatro turbinas que vão gerar  energia eléctrica. As quatro turbinas  são de origem alemã e já estão fabricadas, mas ainda não foram transportadas para Angola.