O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA insta o Executivo a materializar as “boas intenções” e reverter o quadro pouco abonatório dos antigos combatentes e veteranos da Pátria.
Num comunicado por ocasião do 60º aniversário do Início da Luta Armada
de Libertação Nacional, o secretariado do órgão de cúpula do maior
partido da oposição diz ser "preciso fazer muito mais para a dignidade
de todos quantos tornaram o 4 de Fevereiro numa das datas memoráveis da
História angolana”. "A homenagem do Estado angolano aos homens e
mulheres que não regatearam esforços, nem olharam a meios para enfrentar
o sistema colonial de António Salazar, não se deve resumir à existência
de um Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, de uma
data de Celebração Nacional e de algumas leis”, defendeu.
A UNITA
considera que "Angola é, hoje, um Estado Democrático e de Direito em
difícil construção”. Acrescenta que, "apesar das conquistas políticas
alcançadas e do incalculável sacrifício consentido, a condição social e
económica dos angolanos, em geral, e dos antigos combatentes e veteranos
da Pátria, em especial, está longe de corresponder aos sonhos que os
motivaram para a luta contra o poder colonial, em 1961”.
Saúda
todos os heróis do 4 de Fevereiro de 1961, que "numa demonstração de
coragem patriótica herdada de Nginga, Ekwikwi, Mutu-YaKevela,
Mwatchavwa, Ndunduma, Mandume e outros mais, levantaram-se contra as
diferentes formas de exploração, dominação e injustiça protagonizadas
pelas autoridades colonialistas portuguesas”."Na sequência daquela gesta
heróica, os angolanos filiados e não filiados nos então Movimentos de
Libertação de Angola – FNLA, MPLA e UNITA - conquistaram a Independência
Nacional que viria a ser proclamada a 11 de Novembro de 1975. Todavia, a
paz só foi alcançada 27 anos mais tarde, devido às contradições
políticas que se tinham tornado antagónicas”, recorda.
Fonte: JA