Internacional
09 Janeiro de 2021 | 17h08

Trump excluído do Twitter

Foi encerrada, permanentemente, a conta de Twitter de Donald Trump. Foi através desta rede social que, ao longo dos anos do seu mandato, o ainda presidente dos EUA, foi criticando, ameaçando, enviando recados, falando ao seu eleitorado.

O Twitter começou por suspender, por 12 horas, a referida conta mas, e após uma análise "minuciosa" das publicações "recentes" e do seu "contexto" foi decidido tornar definitiva a decisão, isto depois de esta ter sido reativada na quinta-feira, e "devido ao risco" de nova "incitação à violência" e o regresso a cenas como a que se viveu no Capitólio. Cenas de violência que terminaram com cinco mortos, entre eles um polícia.

De acordo com Imran Ahmed, do Center for Countering Digital Hate, "o que aconteceu no Capitólio foi o resultado de anos de indiferença, por parte das redes sociais, em pôr termos às mensagens de ódio nas suas plataformas, por terem permitido a manipulação das pessoas através de mentiras - como dizer que houve um roubo nas eleições - difundidas para centenas de milhões de pessoas".

A conta de Facebook de Trump tinha sido já suspensa mas o chefe de Estado continuava a contestar o resultado das eleições, que ditaram a sua derrota, enquanto a presidente da câmara dos Representantes pedia a sua destituição a poucos dias da tomada de posse de Joe Biden. 

Nancy Pelosi afirmava que se o vice-presidente não agir o Congresso deve estar preparado para avançar com o processo.

A Democrata quer que Mike Pence e o governo usem a 25.ª emenda para dizer que Trump - que já disse que não estará presente na tomada de posse do seu sucessor - não tem capacidade para continuar no cargo. Se este for destituído não poderá recandidatar-se à presidência, intenção que já tinha manifestado.

Fonte: NM