Internacional
21 Maio de 2024 | 16h37

Cimeira de paz? Medvedev diz que "resultado será nulo" e deixa aviso

Medvedev avisou "países neutros" que estejam a pensar participar na conferência. "Devem compreender que essas ações serão devidamente avaliadas pela Rússia", disse.

O antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitri Medvedev, afirmou, esta terça-feira, que qualquer decisão que saia da cimeira de paz para a Ucrânia, que se vai realizar na Suíça, será "nula" e deixou um aviso aos países "neutros". 

"A 'conferência' sobre a Ucrânia, na Suíça, está quase a chegar. Os Estados Unidos e os seus aliados estão a tentar galvanizar a 'fórmula de paz' morta pelo psicopata de Kyiv, que perdeu a última réstia de legitimidade, convidando para esta reunião inútil o maior número possível de participantes", começou por escrever Medvedev, numa publicação divulgada na rede social X (antigo Twitter), numa referência a Volodymyr Zelensky.

"É evidente que o resultado deste encontro será nulo: as conversações de paz nunca se realizam apenas com uma das partes em conflito", atirou.

Segundo Medvedev, "por várias razões, alguns dos países neutros têm de responder a esses convites para não estragarem as relações com os principais atores", mas ressalva: "Mas também têm de compreender que a participação num evento tão odioso, quer queiram quer não, significa que estão a abandonar a posição de equidistância e a tomar partido pelo regime político de Bandera". 

"Independentemente de quaisquer considerações bem-intencionadas que possam ter em mente, acabarão por jogar segundo as regras estabelecidas pelos neonazis de Kyiv", acrescentou.

"Assim, os países neutros, tentados pelas promessas de alguns Estados ocidentais a participar na 'conferência de paz', devem compreender que essas ações serão devidamente avaliadas pela Rússia e influenciarão definitivamente as nossas relações no futuro. Não nos esqueceremos disso", avisou. 

Recorde-se que o governo suíço já confirmou ter convidado 160 países, excluindo a Rússia, para participar na cimeira de paz para a Ucrânia, em junho a pedido do governo ucraniano e destinada a legitimar a "fórmula de paz" do presidente Volodymyr Zelensky.

Fonte: NM