O cientista angolano Valdemar Tchipenhe foi convidado a participar, ontem, em Beijing, na China, num encontro sobre cooperação tecnológica, médica e empresarial de combate à Covid-19 em África.
Durante o encontro, o jovem do Cuanza-Sul, que esteve em Angola, no
ano passado, como líder da equipa chinesa que montou os laboratórios dos
testes do novo coronavírus, partilhou a história de vida, assim como o
percurso profissional.
Em declarações ao Jornal de Angola,
Valdemar Tchipenhe informou que o encontro foi uma iniciativa da empresa
BGI Genomics e contou com a participação de 18 diplomatas africanos.
"Foi
uma honra partilhar a minha história com distintos embaixadores. Hoje,
África olha para mim como o representante da BGI no continente. Recebi,
também, muitos elogios dos diplomatas”, enfatizou o cientista.
Valdemar
Tchipenhe é licenciado em Biotecnologia, pela Universidade Normal de
Zhejiang, na China, no quadro de uma bolsa do Instituto Nacional de
Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), co-financiada pelo Conselho de
Bolsas de Estudos da China (CSC), em 2014.
O cientista é o mais velho
de três irmãos. Numa entrevista concedida ao Jornal de Angola, no ano
passado, contou que o pai faleceu quando tinha apenas 12 anos e, desde
essa altura, a mãe passou a cuidar dos filhos sozinha.
Fruto do
seu empenho na luta contra a pandemia em Angola, o Governo atribuiu-lhe,
em Outubro do ano passado, uma bolsa de mestrado na área de Engenharia
Genética, no Japão, para dar seguimento à formação académica.