Economia
16 Abril de 2021 | 10h36

Cadeias de Luanda com mais três salas de parlatório virtual

Os reclusos da Cadeia Central de Luanda e do Hospital Prisão de São Paulo podem, a partir de agora, manter contacto com os familiares e advogados, com a inauguração, ontem, de dois parlatórios em cada um dos estabelecimentos prisionais.


Os parlatórios, um projecto do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) e parceiros, está avaliado em cerca de 300 mil dólares. A Comarca de Viana foi a primeira a beneficiar do parlatório.
O procurador-geral da República, que procedeu à inauguração do parlatório do Hospital Prisão de São Paulo, considerou ser uma obra pequena mas de grande dimensão, em termos de utilidade.

Hélder Pitta Grós louvou a iniciativa, pois foi possível acompanhar a conversa de alguns reclusos de um e outros estabelecimentos que já usam a mesma tecnologia. "Vimo-los satisfeitos, pelo facto de poderem interagir e entrarem em contacto com os familiares”, disse.
A pandemia da Covid-19 é, segundo o procurador, um dos motivos que tem colocado os reclusos em situação desamparada, pelo facto de verem restritas as visitas, uma das razões que impulsionou o surgimento deste projecto.  

Quanto à questão da circulação de pessoas dentro do país, disse que, além dos condicionalismos por conta da pandemia, há também o facto da dificuldade em termos de custos. Sublinhou que com parlatórios, os familiares, sem saírem do seu local de origem (província), podem interagir com a pessoa que está a cumprir pena. Por isso, louvou a acção, uma vez que vai facilitar, também, o acesso à justiça por parte dos reclusos.

Em relação ao alargamento do do projecto a todos estabelecimentos prisionais do país, Hélder Pitta Grós considerou prematura a expansão de parlatórios a todos os estabelecimentos prisionais, pelo facto disso acarretar custos financeiros. Numa primeira fase, esclareceu, foi dada prioridade às províncias onde há estabelecimentos com um número elevado de reclusos, e outros pela sua localização, onde os prisioneiros têm dificuldades de contacto com a família. 

A secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher, Elsa Bárber, considerou a abertura de parlatórios em estabelecimentos prisionais mais um passo para a humanização do pessoal com privação de liberdade.              
 

 

Fonte: JA