Saúde
30 Janeiro de 2023 | 10h49

Angola em fase de eliminação da lepra – Ministério da Saúde

Angola está na fase de eliminação da lepra enquanto problema de saúde pública, estando com uma prevalência de menos de um caso em dez mil habitantes, informou, este domingo, o Ministério da Saúde (MINSA).

Dados do MINSA apontam que o país registou, em 2022, 797 novos casos de lepra, sendo que 105  foram por deformidades de segundo grau.

Dos casos notificados, 93 foram em crianças e 70 por cento dos pacientes recorrem as unidades hospitalares, mas em  estado  bastante avançado.

Os dados dão conta que anualmente chegam a registar cerca de  mil 785 casos , o que corresponde a 0,5 doentes para 10 mil habitantes.

Em nota, por ocasião do Dia Mundial da Lepra, o departamento ministerial refere que o combate à lepra e as doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são partes de um investimento do Executivo na equidade em saúde, tendo como foco os cuidados de saúde primários.

Adianta que o Executivo "está fortemente comprometido em reforçar as acções concretas para o aumento da prestação de serviços eficientes cada vez mais próximos da população”.    

A lepra é uma doença infeciosa crónica que afecta primordialmente a pele, mas também pode atacar os olhos, os nervos periféricos e eventualmente outros órgãos.

A cada dois minutos atinge uma pessoa no mundo, diferente das doenças tropicais Negligenciadas (DTNs) que são um grupo de doenças evitáveis e tratáveis e que afectam mais de 1 bilhão de pessoas em todo o planeta.

Das 20 DTNs, 12 são prevalentes, destacando-se a schistosomíase, as helmintíases transmitidas pelo solo, a filaríase linfática, a oncocercose e a tripanossomíase humana africana.

O país conta com 111 unidades sanitárias que prestam cuidados de saúde a pacientes com lepra, um número considerado ínfimo.

As províncias com alta endemicidade, em termos da lepra,  são  Luanda, Benguela, Huambo, Bié , Malanje, Cuanza Sul,  Cuando Cubango, Huíla,  Lunda Sul e Moxico.

Fonte: ANGOP